quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

AS PREFERÊNCIAS NUM RELACIONAMENTO

"Num relacionamento existem sinais claros que devemos aproveitar para ressignificar o que está oculto e nos afeta claramente, nos afasta de uma conexão maior e mais profunda. Não se trata apenas de uma questão de gosto e preferência, e nem tampouco com o fato de estar tentando lhe convencer de que é obrigado a fazer de tudo só para provar ao outro ou a si mesmo que está liberto das travas que desviam o contato consigo mesmo. Por exemplo: O nojo. Trata-se de um forte sinal de que não está disposto a ir fundo e de que estabeleceu um limite, uma barreira por onde ninguém passa. Pode ser também que aquele parceiro lhe agrade apenas parcialmente ou que alimente nele uma dependência interna maior do que imagina. Os motivos podem ser vários, desde traumas de infância, a todo o tipo de repressão familiar ou do meio em que vive. Se tem nojo de colocar na boca o sêmen do parceiro, ou mesmo engoli-lo, procure investigar em você os reais motivos. É claro que a forma como o parceiro se alimenta e age no dia a dia influencia no gosto do sêmen, tem uns que são de fato muito fortes e ruins, mas esta mesma situação mostra da mesma forma, só que por caminhos diferentes, os bloqueios que temos em nós e que nos chegam através de hábitos impeditivos dos parceiros, mascarando nossa responsabilidade direta na coisa, uma vez que parece apenas "culpa" do parceiro e não um misto de responsabilidades que se fundem quando nos unimos àquela pessoa. E não me refiro só a este tipo de nojo. Existem outros. Assim como posições preferencias que nunca mudam na cama e a rejeição de se tocar ou manipular aqui ou acolá. Tudo nos remete a nossa situação psicológica. Tem gente que só gosta de transar na cama, não gosta de tirar a roupa toda, quer o quarto sempre muito escuro, e só transa coberto, como se estivesse com vergonha de si mesmo ou mais bizarro ainda: pra não desrespeitar a "deus"... É claro que precisamos examinar tudo isso a fundo. Não com aquela obsessão de se fazer de tudo e sim para descobrir, sem julgamentos de "certo" ou de "errado", e expandir os horizontes da nossa experiência. Lembre-se: somos seres ilimitados! Não podemos nos reduzir a apenas meia dúzia de experiências e achar que está bom. Pode ser que hajam coisas difíceis de se gostar num primeiro momento, mas é preciso ao menos experimentar algumas vezes e ser criativo no sentido de adaptar aos seus gostos pessoais sem perder o fio da meada e o novo sabor e frescor que uma experiência nova pode trazer - ainda que seja com o mesmo parceiro". Ronald Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário